Por Diogo Nogueira – O Vasco da Gama perdeu para o Bahia em casa muito pela sua marcação desorganizada durante quase todos os 90 minutos + acréscimos. Espaços concedidos pelo meio-campo e pela defesa são preocupações, a equipe visitante levou perigo constante no contra-ataque, Andrey e Jair não estavam dando conta de conter a velocidade do adversário, enquanto Léo e Bambu erraram bastante nos botes. Os erros da marcação vascaína já deram as caras nos primeiros minutos de jogo, quando Jacaré puxou para o lado esquerdo sem ser incomodado e finalizou bem, só não fez o gol por causa que Léo Jardim tocou na bola, que bateu na trave logo depois. O Vasco até começou a agredir após esse lance, criou oportunidades o suficiente e não mandou a bola na rede, voltando a apresentar ineficiência. O cruzmaltino pecou bastante no ataque, porém a questão mais grave nesse jogo foi a marcação espaçada que ofereceu possibilidades de jogadas ao adversário, isso ficou ainda mais claro na etapa final.
Enquanto a mira não estava em dia, a dificuldade para anular a ofensividade do Bahia estava muito em dia. Minutos antes do tricolor baiano sair na frente, o ímpeto do Gigante na partida já tinha perdido a força, e o visitante martelava com Jacaré, Thaciano e Ademir. A ameaça contra a meta vascaína resultou no único gol do jogo já no final do primeiro tempo. Tinham SEIS jogadores de defesa do Vasco na pequena área, contra apenas TRÊS do Bahia, e a vantagem numérica não adiantou, Thaciano encontrou espaço ao cortar o Robson e finalizar sem chances para o Jardim. Isso é uma clara desorganização e afobação na hora de marcar. Léo e Marlon Gomes tentaram bloquear o chute de Cauly, enquanto Andrey e Pumita se perderam naquele momento, sem interferir no lance.
O Gigante da Colina continuou sofrendo para conter o Bahia no ataque após o gol tomado. Pouco objetivo com a bola no segundo tempo, os contra-ataques do adversário poderiam render o placar de pelo menos 3 a 0. É de se destacar a defesa do goleiro do Vasco em finalização de Diego Rosa, aos 50 minutos da segunda etapa. Inclusive, esse lance foi mais um exemplo de marcação completamente estática da equipe de Barbieri no jogo, a impressão era que o time estava entregue nos minutos finais, isso é preocupante. Não houve sequer sinal de pressão em cima do Bahia para conseguir o empate.
O Vasco falhou demais na recomposição defensiva em muitas vezes que sofreu com a transição ofensiva da equipe visitante e se abalou com o gol sofrido. Claro que o cruzmaltino passou por momentos complicados ao enfrentar o Galo e o Palmeiras também, mas o time se portou bem melhor diante dessas dificuldades nessas ocasiões. É curioso, porque o Bahia é um adversário mais inferior quando comparado aos dois primeiros jogos. Mas por quê o Vasco atuou de maneira frágil na marcação contra o Bahia? O Rodrigo no banco foi uma má decisão?
Bom, o Rodrigo é uma peça que dá mais combatividade ao Vasco na hora de roubar alguma bola importante, isso fez falta ontem. Contudo, não tem como justificar a atuação do Vasco na marcação pela ausência de Rodrigo, que mesmo sendo um jogador importante, já errou inúmeras vezes em fundamentos como a saída de bola. Os erros bem aproveitados pelo Bahia vão além da decisão de colocar o volante no banco, porque na verdade o Marlon Gomes tinha condições de avançar para o ataque como bem faz e conseguir impedir o perigo adversário, mas ele não conseguiu fazer nenhuma das duas coisas simplesmente porque a ideia não foi bem executada por Barbieri, a equipe acabou se desorganizando, o que é um sinal de alerta. Em resumo, o meio-campo e a defesa, dois setores que devem agir juntos, não agiram. Barbieri precisa entrosar mais o time, ficou óbvio que não entenderam a ideia a ser implantada ontem, o técnico optou por Marlon para dar mais habilidade à equipe na frente, mas a marcação deve continuar funcionando!
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