O ano do Vasco começou. Após três jogos do time titular e dois dos reservas esquecidos, podemos começar a traçar um parâmetro da camada de time que temos.
E apesar da goleada que sofremos do Ríver Plate da Argentina por 3-0 na Flórida, EUA, acho que temos um esqueleto interessante. Principalmente porque faltam peças no elenco que sequer puderam jogar ou ter mais minutos.
Falo de Marlon Gomes, convocado para a Seleção Brasileira sub-20, e Jair, que estreou por pouco tempo no jogo contra o Inter Miami e foi pego por uma virose logo depois.
Acho que temos um goleiro bom para suprir a ausência do Thiago Rodrigues, que deveria ter continuado, na minha opinião. Mas tanto Ivan quanto Léo Jardim são boas peças para se ter em um plantel que pretende se reestruturar.
Nas laterais, estamos bem servidos. Puma Rodríguez e Lucas Piton fizeram boas partidas até aqui e acho Paulo Vítor um reserva mediano enquanto Riquelme ainda se recupera.
A zaga é onde mora o nosso principal problema. Léo até pode render melhor, falta um companheiro para ele que não é nenhum dos que estão lá. Miranda, Anderson Conceição, Robson Bambu, nada de bom pode sair dali.
Se pegar um time bom – como o Ríver -, vamos sofrer. E sofremos, diga-se. Sobre a partidas contra os argentinos começamos até bem. E mesmo após o segundo gol dos caras, ainda fomos pra cima com finalizações de Nenê, Puma e Pedro Raul, só para lembrar de algumas.
Era difícil encarar um time consolidado como os dos caras e que já estava em meio de temporada, visto que na Argentina, eles seguem o calendário europeu.
Não fomos totalmente dominados e tivemos nossos momentos onde um gol poderia ter mudado o rumo da partida, mas pelo que se apresentou até que foi bom.
Contra o Inter Miami foi domínio do início ao fim com destaque para as boas movimentações entre Nenê, Alex Teixeira, Orellano e Pedro Raul à medida que iam entrando.
E por isso, digo que nosso meio pra frente também faltam peças, claro, mas é melhor do que antes. Se temos Marlon Gomes para estrear e Jair para defender bem, podemos sentir falta de um Andrey Santos que vem arrebentando na Seleção sub-20. Que saudade, que falta vai fazer esse garoto.
Também precisamos de um camisa 10 mais jovem. Quem me conhece sabe o quanto adoro o Nenê, inclusive é nome do meu filho peludo em virtude daquele bom ano sacudindo o framengo em 2016, mas infelizmente ele tem bateria curta.
Todo começo de ano, ele tá arrebentando, mas depois começa a cair de produção em virtude da idade. Mas defendo manter ele no elenco para jogos difíceis e ser um elo da juventude com a instituição Vasco da Gama que o vovô garoto conhece bem.
Mais à frente, vimos pouco do Orellano, mas nota-se uma qualidade acima da média. Mas sozinho, ele não vai fazer muito. Precisa de mais um para dialogar naquela parte do campo.
Na frente do ataque, Pedro Raul precisa logo fazer o seu para deslanchar de vez e calar alguns “críticos de ocasião e começo de temporada”. Um amigo me apontou a qualidade do passe e do pivô (alô, Caião!) e fui rever os jogos e sou obrigado a concordar com esse brother.
Ele se movimenta bem, chama a marcação, abre espaços, dá bons passes. Foi assim no jogo de ontem contra a Portuguesa, onde conquistamos nossa primeira vitória no Campeonato Carioca. Vai evoluir muito aqui e quando começar a marcar, acredito em artilharias.
Por fim, acho que até agora vimos um esboço do que podemos imaginar ser o Vasco 2023. Taticamente falando, o técnico Maurício Barbieri pode tirar mais desse time, principalmente quando estiver completo. Aguardemos. Por ora, vamos torcer.
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