O técnico Fábio Carille não escondeu a frustração após a derrota por 2 a 1 do Vasco para o Ceará, nesta terça-feira, no Castelão. O revés evidenciou falhas táticas, físicas e de atitude dentro de campo, o que provocou duras críticas por parte do comandante vascaíno. Para ele, o time precisa corrigir comportamentos e acelerar o ritmo de jogo com urgência.
Mesmo com o gol de Vegetti nos acréscimos, o desempenho da equipe não convenceu. A única finalização perigosa surgiu apenas no fim do segundo tempo, o que reforça a lentidão da construção ofensiva. Carille destacou que a saída de bola foi lenta e facilitou a marcação adversária, impedindo a criação de jogadas mais agudas.
“Foi muito lento. O Ceará deixando nossos zagueiros com a bola e a gente fazendo o jogo muito pra trás. Meia apareceu, tem que jogar. O meia não vai aparecer livre toda hora, tem que fazer esses caras jogarem. E a gente ficou com esse jogo para o lado, jogo para o Léo, fazendo nosso goleiro jogar muito, sendo que tinha situações para fazer para frente.”
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Substituições forçadas e improvisos no meio-campo
Durante o intervalo, o treinador promoveu três alterações: Nuno Moreira, Garré e Paulinho deixaram o campo. Pouco depois, a lesão de Payet obrigou uma nova mudança, colocando Alex Teixeira em campo. Segundo Carille, a entrada de Alex não estava nos planos, e a perda do francês afetou diretamente a criatividade do setor ofensivo.
“O Alex não é um meia-armador, é um meia-atacante. O Payet é um cara que ajuda na bola parada, que poderia até tirar ele mais para o final do jogo, não naquela altura do jogo. É um jogador com muita qualidade, que estava buscando o jogo, estava tentando, mesmo a equipe não estando bem. É um cara que gosta da bola, que aparece para jogar, e a gente perdeu um pouquinho com ele (Alex) ali também.”

Desgaste físico no Vasco e decisões erradas preocupam comissão
Outro ponto abordado foi o desgaste físico de alguns atletas, como Nuno e Garré, que já demonstraram queda de rendimento logo no primeiro tempo. O técnico lembrou que o calendário tem sido apertado e que adversários como o Ceará, sem jogos no meio da semana, chegam mais descansados.
Por fim, Carille reforçou que a equipe precisa errar “para frente” e ser mais agressiva mesmo quando estiver tecnicamente abaixo. Ele cobrou mais atitude sem a bola, maior atenção defensiva e mais velocidade na transição. A advertência foi clara: o Vasco não pode mais repetir esse tipo de atuação.

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