GREGO OU ITALIANO? Venda da Vasco SAF caminha para desfecho; Pedrinho vai continuar no poder?

O Vasco da Gama está no centro de uma disputa que pode definir os rumos de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). As negociações envolvem dois grandes investidores estrangeiros, que representam propostas e modelos de gestão distintos para o clube. O presidente Pedrinho, peça-chave nesse processo, busca garantir a melhor solução para a instituição, preservando os interesses vascaínos.

De um lado, o grego Evangelos Marinakis, proprietário do Olympiacos e do Nottingham Forest, apresenta uma proposta direta, com foco na aquisição total da SAF. Do outro, o italiano Andrea Radrizzani, dono da Sampdoria e acionista da DAZN, defende uma abordagem gradual, que inclui transição de controle e parceria com investidores estratégicos.

Visões opostas para o futuro da Vasco SAF

As propostas de Marinakis e Radrizzani divergem em pontos fundamentais. Enquanto o grego busca controle total imediato da SAF, o italiano oferece um aporte inicial de R$ 350 milhões estruturado como empréstimo, com conversão gradual em ações. Nesse modelo, o controle da SAF seria compartilhado temporariamente com Pedrinho, permitindo maior envolvimento da associação na gestão esportiva.

Além disso, Radrizzani planeja trazer investidores como o grupo Qatar Sports Investments (QSI), dono do Paris Saint-Germain, e o 49ers Enterprises, ligado ao San Francisco 49ers. Já o grego conta com o apoio do empresário Giuliano Bertolucci, uma figura influente no futebol brasileiro.

Recentemente, o Vasco enviou documentos financeiros para análise de Radrizzani, marcando o início do processo de due diligence. Essa etapa será crucial para avançar nas negociações, permitindo maior clareza sobre os termos e condições de cada proposta.

Por outro lado, Marinakis segue firme em sua abordagem. Seu modelo centralizado, aplicado com sucesso em clubes europeus, seria replicado no Vasco, mas sem espaço para compartilhamento de poder.