Finalmente, o Vasco venceu. E esse triunfo diante de um adversário difícil como o Atlético-MG trouxe muita emoção dentro de São Januário. Se para os torcedores, foi o fim de uma sequência horrível cinco jogos sem vitórias e classificação para uma competição internacional após quatro anos fora, para o técnico interino Felipe foi dia de receber homenagens e agradecimentos de um amigo.
Após o jogo, na coletiva de imprensa, o presidente Pedrinho apareceu para fazer um pronunciamento por conta da vaga na Copa Sul-Americana e por toda a temporada 2024. Mas antes, fez questão de agradecer ao amigo por ter assumido o time num momento complicado do clube, mas sobretudo de sua vida pessoal:
“Quero fazer um agradecimento especial ao Felipe por ter aceito a responsabilidade desses três jogos num momento muito difícil da vida pessoal dele, onde ele perdeu o Seu Jorge e o Alexandre, o seu pai e o irmão. Seu Jorge muitas vezes foi um pai para mim.”
E ele continuou:
“No dia do falecimento do irmão, o Felipe passou a madrugada toda agilizando o processo do enterro. Eu falei que ele não precisava dar treino, que poderia abrir mão dos três jogos porque é algo muito grave na questão familiar. E ele veio de manhã, deu o treino e depois foi para o enterro do irmão.”
O treinador interino não conseguiu conter a emoção e chorou neste momento:
“Fui nascido e criado aqui. Passei um mês muito ruim, perdi meu pai e meu irmão, mas… Eu sou Vasco, e tenho que ajudar o Vasco. Desculpa, gente (se emociona). O Vasco, nesse momento, precisou de mim. Independentemente da função, vou ajudar da melhor maneira possível. Com certeza, meu pai e meu irmão ficaram muito felizes com a minha atitude.”

Veja o que mais disse o presidente do Vasco:
E houve tempo para mais agradecimentos. Dessa vez, Pedrinho resolveu trazer palavras doces para quem é o maior patrimônio do clube: a torcida vascaína.
“Primeiro, agradecer muito a Deus. Foi um ano muito duro em muito sentidos, e ter suportado bem e resiliente para a gente poder fazer um bom trabalho. Queria agradecer muito ao torcedor vascaíno pela dedicação com o clube, pelo engajamento, pela paixão. A torcida do Vasco é o nosso maior patrimônio. Em todos os momentos ela nunca deixa o clube de lado. Essa é a grande marca do Vasco, o seu torcedor, que na maioria das vezes nos carrega.
Por fim, o presidente do CRVG também enalteceu os atletas do clube que foram fundamentais num ano tão conturbado na Colina:
Queria agradecer aos jogadores. Foi um ano onde muitas coisas podem ter passado na cabeça deles, tínhamos um sócio, esse sócio acaba entrando em falência. Obviamente dependeria muito deles acreditarem no que eu falaria. Como no futebol tem muitas pessoas que não têm credibilidade e usam a mentira, eles tinham o direito de não acreditarem no que eu estava falando. A gente saiu de uma situação muito difícil no início da temporada.
Deixando claro que o objetivo do Vasco é sempre brigar por títulos, por grandes conquistas. Esse vai ser sempre o grande objetivo. Mas diante do cenário desse ano, foi um ano em que o sócio sai, obviamente que os atletas teriam dúvida. Isso mexe muito com a cabeça do atleta, se vai ter dinheiro, se vai pagar em dia, se não vai, se vai chegar um novo sócio, como vai ser.
A gente consegue reagir dentro da competição. Depois de 13 anos, chega numa semifinal de Copa do Brasil. Independentemente do que aconteça na rodada, o Vasco está numa competição internacional. Nosso objetivo era Libertadores, mas isso não aconteceu. Mas deixo claro que os jogadores estão de parabéns por todo esse turbilhão de emoções, eles tiveram uma reação muito importante dentro da competição”.

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