O meia francês Dimitri Payet, atualmente jogador do Vasco, concedeu uma entrevista reveladora ao jornal L’Équipe, onde falou sobre sua experiência no futebol brasileiro, seu futuro no Olympique de Marselha e os desafios que enfrenta tanto dentro quanto fora de campo. O jogador, que chegou ao Brasil há pouco mais de um ano, destacou aspectos marcantes de sua trajetória e compartilhou suas impressões sobre o esporte no país.
Durante a entrevista, Payet confirmou que já tem um acordo assinado para retornar ao Olympique de Marselha, clube onde é ídolo. Embora não tenha detalhado os termos do contrato, o meia assegurou que sua história com o time francês ainda não terminou.
“Com o Marseille, é muito claro. É um negócio fechado. Haverá um retorno ao clube depois, e discutiremos mais tarde os detalhes do porquê ou como.”
Ele também relembrou sua última temporada na França, destacando o papel de liderança que exerceu, mesmo diante de dificuldades pessoais, como o pouco tempo em campo.
Clima, calendário e pressão no futebol brasileiro
Questionado sobre a adaptação ao Brasil, Payet revelou que o clima e o calendário foram seus maiores desafios. O calor intenso e a umidade enfrentados em partidas marcadas para horários pouco favoráveis, como às 16ho, dificultaram o seu desempenho em campo:
“O mais difícil para mim, para ser sincero, foi o clima. Porque, em termos de umidade, em termos de calor, em um domingo às 16 horas, quando está 38 graus e o tempo está pesado, é muito, muito, muito difícil jogar. Além disso, há o calendário, que é muito cheio no Brasil. Não jogamos nem na Sul-Americana nem na Copa Libertadores, mas conseguimos ter uma agenda cheia. Não sei como os jogadores que disputam essas copas conseguem, mas, para ser sincero, é muito, muito difícil.“
Sobre a pressão no futebol brasileiro, Payet afirmou que está habituado devido à sua experiência no Olympique de Marselha, mas reconheceu que as exigências no Brasil são altíssimas, comparáveis às de grandes clubes europeus.
“Os torcedores são tão extremos em sua positividade e negatividade. Você nunca tem paz de espírito, então é por isso que eu sempre tenho que dar o meu melhor.”
Payet pensa sobre o futuro
Aos 37 anos, Payet admitiu que a aposentadoria é um tema que o preocupa. Embora ainda sinta prazer em treinar e jogar, ele teme o dia em que precisará abandonar o futebol.
“O que eu mais temo é ver isso acontecer. Sinceramente, quando me levanto todas as manhãs, gosto muito de treinar e gosto muito de jogar novamente. Portanto, não estou dizendo a mim mesmo hoje que o fim está próximo, mas, infelizmente, sei que em algum momento meu corpo vai me dizer que é isso, que basta. Mas, sinceramente, eu amo tanto jogar bola, amo tanto o futebol que acho que o fim vai ser difícil para mim.”
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