O Vasco está em processo de planejamento para a reforma de São Januário, uma das mais aguardadas pelo clube e pela torcida. Entre as mudanças discutidas, uma questão que está ganhando destaque é a possível troca do gramado do estádio, que hoje é 100% natural. O clube está avaliando a implementação de um gramado sintético ou híbrido, o que poderia trazer vantagens de manutenção e uso a longo prazo, mas pode gerar reações contrárias de parte da torcida.
O uso de gramados sintéticos ou híbridos está se tornando uma tendência no futebol mundial e já foi adotado por diversos clubes no Brasil, como o Palmeiras e o Athletico. No entanto, essa mudança representa não apenas um aumento no custo da obra, mas também uma transformação significativa na relação que o clube tem com seu estádio histórico. A modernização pode ser vantajosa, mas levanta dúvidas entre os torcedores sobre a perda da identidade tradicional do estádio.
Gramado sintético ou híbrido: benefícios e desafios
A implementação de gramados sintéticos ou híbridos traz uma série de benefícios para clubes de futebol. Esses tipos de gramado têm maior durabilidade, necessitam de menos manutenção e são mais resistentes ao uso intensivo, como em eventos não esportivos, como shows e outras atividades. No caso de São Januário, que passará a ser utilizado também para esses eventos, a troca faz sentido. Além disso, ele apresenta menor necessidade de irrigação e de cuidados constantes com fertilizantes.
Em contrapartida, o custo inicial para a instalação de um gramado sintético ou híbrido é elevado. O Vasco está estudando exemplos de arenas brasileiras que já adotaram essas tecnologias, como o Estádio Nilton Santos, do Botafogo. Outro exemplo é a recente situação do Atlético-MG, que enfrenta problemas com o gramado natural da Arena MRV e decidiu trocar para um sintético após perceber as dificuldades na manutenção de um gramado natural em um estádio moderno.
O impacto da modernização no gramado natural
Uma das grandes dificuldades em manter gramados naturais em arenas modernas é a falta de exposição ao sol, especialmente em áreas sombreadas. O projeto de reforma de São Januário prevê alterações na estrutura do estádio, que deixará de ser completamente aberto. Isso dificultará a manutenção de um gramado 100% natural, pois a falta de luz solar direta em algumas partes do campo pode comprometer a qualidade da grama.
A médio e longo prazo, o gramado sintético ou híbrido seria mais sustentável, com custos menores de manutenção e maior resistência ao desgaste. Além disso, o gramado natural exige um manejo mais complexo, como a necessidade de insumos, irrigação e até cuidados com a temperatura, o que se tornaria inviável com as mudanças estruturais planejadas.
O planejamento da reforma de São Januário e os próximos passos
O projeto de modernização de São Januário está programado para iniciar logo após o término do Campeonato Brasileiro. A expectativa é que as obras comecem no início do próximo ano, mas o clube ainda depende da conclusão das negociações sobre a venda do potencial construtivo, o que viabilizaria a reforma. As conversas com investidores continuam, mas até o momento, o acordo não foi fechado.
O presidente Pedrinho está à frente das negociações e mantém diálogo constante com os arquitetos responsáveis pela reforma. O Vasco pretende organizar um evento especial para apresentar o projeto detalhado da nova arena à torcida e à imprensa assim que todas as questões estiverem definidas. A mudança no gramado de São Januário será uma das principais decisões a serem comunicadas nesse evento.
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