Alexandre Mattos ABRE O JOGO sobre o trabalho no Vasco: “Comprovei que…”

Alexandre Mattos, ex-diretor do Vasco
Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Hoje no Cruzeiro, o diretor-executivo Alexandre Mattos iniciou o ano no Vasco da Gama mas partiu após 100 dias sendo o homem-forte do futebol cruzmaltino. Apesar do curto tempo, em entrevista ao Charla Podcast, o dirigente não se arrepende e acredita que conseguiu constatar de perto a grandiosidade do clube:

“Foi curto, mas foi ótimo, porque comprovei que é um time gigantesco e tem uma torcida espetacular. Não deveria ter passado nem um décimo do que passou nos últimos anos. O que aconteceu no Vasco é que eu não consegui trabalhar, não da maneira que eu fui comunicado que seria. Se não eu não teria nem ido. Muitas coisas que aconteceram não tinham minha aprovação, o chefe falava “é isso que a gente quer” e isso acontece. Quando fui contratado me disseram que precisavam da minha experiência, porque estavam chegando no mercado sul-americano. A totalidade da 777 Partners ficava na Europa, mas o futebol brasileiro tem uma particularidade.”

E continuou:

“Eu sou um cara de longos projetos, lá eu confrontava, tanto que minha relação durou pouco. Não consegui nem montar uma equipe de trabalho. Eu não consegui ser eu, não consegui ter liberdade. Tem coisas ali que eu sabia que não ia de acordo com o que o torcedor queria. A comunicação foi mal feita em todos os sentidos. Eu tentei. Lembra de uma entrevista que eu dei? Ali rompeu tudo. Tinha que explicar transparente o que está sendo feito, se não a torcida imagina uma coisa e a gente imagina outra.”

Alexandre Mattos
Período como dirigente no Vasco não foi como Mattos esperava – Foto: Matheus Dantas/Itatiaia

Mattos: “Tentei levar o Pedrinho”

Mattos também disse que tentou levar Pedrinho para o ambiente da Vasco SAF. O ídolo cruzmaltino é o presidente do CRVG e o principal responsável pela saída da 777 ao inserir uma liminar na Justiça para retomar o controle da sociedade anônima.

“Outra coisa que foi muito duro. Eu tinha um relacionamento bom com o Pedrinho, eu falava para trazer ele e falavam que não podiam. Eu tinha que obedecer. A gente precisava trazer um pouco dessa paixão vascaína para dentro, estava muito frio aquilo ali. Eu não sei o que a empresa queria. Eu fui com uma expectativa muito grande, mas atado, não tinha caneta.”

Vasco
Pedrinho ao lado do novo diretor Marcelo Sant’Anna – Foto: Leandro Amorim/Vasco

Veja a entrevista completa de Alexandre Mattos:

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